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Duplicação da BR-470 vai alterar o traçado do gasoduto

Duplicação da BR-470 vai alterar o traçado do gasoduto
A duplicação da BR-470 exigirá o remanejamento da rede de gás natural que margeia a rodovia, uma operação complexa pois a obra terá de ser feita sem comprometer o abastecimento na região. O edital que escolherá a empresa para alterar o gasoduto está em fase final de elaboração. A obra vai ocorrer no trecho a ser duplicado entre Navegantes e Indaial. O trajeto onde haverá mais interferência da rede na duplicação é entre Gaspar e Indaial, nos lotes 3 e 4. Estudos ainda analisam o impacto nos demais trechos. A Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás), responsável pela tubulação, informou que o remanejamento é necessário porque a rede não pode ficar sob a pista. Do contrário, em caso de necessidade de algum conserto, o trânsito teria de ser interrompido. O edital está sendo finalizado e prevê orçamento no valor máximo de R$ 19,2 milhões. O prazo para alteração da rota de gás é de 720 dias, a serem contados a partir da assinatura do contrato. A profundidade em que se encontra o gasoduto varia de dois a 10 metros, dependendo do trecho. A assessoria da SCGás diz que a rede de tubulação fica a dois metros do final da faixa de domínio, que tem de 40 a 60 metros de largura, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), e equivale ao espaço entre o meio da pista e a lateral da estrada. — O que se propõe numa realocação é o mesmo que se propôs com o projeto para implantação. Essa é a regra geral. No caso da BR-470, essa faixa de domínio é muito variável e será alargada em sua extensão de duplicação também em valores variáveis. Essa largura vai depender da desapropriação e da necessidade — diz o engenheiro fiscal da duplicação e chefe da unidade local do Dnit em Rio do Sul, Elifas Marques. "A mudança da rede de gás não vai atrasar a duplicação", afirma chefe do Dnit em Rio do Sul A rede será remanejada do km 0 (Navegantes) ao km 72,38 (Indaial). Segundo o coordenador de Relações Institucionais da SCGás, Samuel Bortoluzzi Schmitz, isso se dará de duas formas. Em alguns pontos será necessário o remanejamento, em que uma tubulação é construída ao lado daquela já existente. Depois de pronta, a antiga tubulação será inutilizada. Em outros casos a rede atual será preservada, apenas sendo reforçada a sua segurança. Abastecimento não pode ser interrompido para obras A SCGás, por meio da assessoria, afirma que o remanejamento é complicado porque o atendimento aos clientes não poderá ser interrompido durante as obras. São cerca de 100 consumidores atendidos pela rede de gás. Os principais são indústrias têxteis e postos de GNV. Há também alguns hotéis e o shopping Neumarkt entre os clientes da companhia. Isso explica por que o remanejamento deverá ser feito com a rede em pleno funcionamento: o abastecimento a estes consumidores não poderá ser interrompido por obras. De acordo com o engenheiro fiscal do Dnit, a maior parte da tubulação está localizada à esquerda da pista, no sentido Navegantes-Indaial. Mas em alguns locais, a depender de obstáculos encontrados no trajeto, a rede muda de lado. Com 73,2 km, a duplicação da BR-470 está dividida em quatro lotes. É nos 3 e 4, entre Gaspar e Indaial, que o gasoduto interfere mais nas obras. Enquanto isso, nos lotes 2 e 1, onde fica a Central de Gás e a tubulação quase não ocupa a faixa de domínio, a complexidade é menor e quase não preocupa o Dnit, segundo Marques.


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